A SBOT- AL lança campanha de prevenção para traumas durante as festas juninas e Copa do Mundo
Os fogos de artifício são um espetáculo à parte nas festas juninas, e neste ano em especial, também na Copa do Mundo. Mas, segundo o DATASUS, nos últimos anos, mais de 8 mil acidentes e mais de 120 mortes foram causadas por fogos de artifício. Destas, 20% eram crianças entre 0 e 14 anos. “São acidentes que acometem especialmente as mãos, com danos que vão de simples queimaduras à amputação”, afirma o ortopedista e cirurgião de mão Raimundo de Araújo Filho, presidente da regional Alagoas da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).
Para que todos se divirtam com segurança, é preciso ter os devidos cuidados, principalmente com o manuseio. A SBOT faz um alerta sobre o aumento dos números de acidentes nesse mês de junho e algumas orientações:
– Sempre soltar fogos ao ar livre, com uma distância de 30 a 50 metros do local;
– Somente comprar fogos em lugares em lojas especializadas e certificadas;
– Escolher artefatos menos explosivos e de fácil manuseio;
– Conferir o certificado de garantia e validade do produto;
– Optar por artefatos que venham com a base de encaixe para ser fixados no chão;
– Nunca fazer experiências ou modificar os fogos de artifícios;
– Crianças devem sempre ficar longe dos artefatos.
Mesmo deixando as comemorações ainda mais bonitas, o mau uso dos fogos ou as explosões prematuras podem trazer graves conseqüências. Entre as principais estão as queimaduras, lesões auditivas e surdez, comprometimento da córnea e até mesmo amputação de dedos e mão.
O ortopedista e cirurgião de mão Raimundo de Araújo Filho, presidente da SBOT-AL, alerta para as medidas tomadas em caso de acidente: “É preciso acionar imediatamente os Bombeiros, pelo número 193, ou a SAMU no 192. Nunca se automedicar e, no caso de queimadura, lavar com água fria ou soro fisiológico, para depois envolver a parte queimada com um pano úmido”, explica.
É preciso ainda estar atento para a validade e a classificação dos fogos de artifício, divididos em classe A, B, C e D, de acordo com a legislação. Somente os de classe A são liberados para todas as idades. Os B vendidos para maiores de 16 anos e os C a partir de 18 anos. Os mais perigosos, os da classe D, somente podem ser vendidos para profissionais que possuem licença.