Projeto que eliminou lixo de grotas de Maceió comemora 1º aniversário

Depois de São Paulo, Maceió é a segunda cidade do país a aplicar, com sucesso, um projeto experimental que conseguiu acabar com o acúmulo de lixo e entulhos em três comunidades carentes: São Rafael, Santo Onofre e Ipanema. O Varre Grota, iniciativa fruto de parceria entre a empresa Viva Ambiental, a Prefeitura de Maceió e moradores das três comunidades, completou seu primeiro aniversário. Após um trabalho de educação, mutirões de limpeza e implantação de um sistema especial de coleta com garis comunitários, o projeto conseguiu mudar totalmente o cenário da região. “No lugar do lixo, mau cheiro e entulhos, há um ano já é possível encontrar no local calçadas limpas, muros pintados e canteiros”, explica Inaimara Medrado, analista de sustentabilidade da Viva Ambiental. O sucesso da iniciativa foi comemorado pelos moradores em uma grande festa comunitária no último sábado, dia 16.

Sobre o Projeto “Varre Grota”

Inspirado no projeto Varre Vila, criado na Vila Nossa Senhora Aparecida, favela da zona leste de São Paulo, o projeto tem como ponto de partida a mobilização dos moradores. “Fizemos com que cada um se conscientizasse da importância de doar 5 minutos de seu dia para limpar a porta de sua casa e se comprometesse a colocar o lixo para fora apenas nos dias de coleta”, explica Ionilton Aragão, idealizador do projeto “Varre Vila” em São Paulo, responsável pela consultoria de implantação do “Varre Grota” na capital alagoana.

Viva Ambiental - Varre Grota

Após a etapa de educação, cada uma das três comunidades participou, junto com a Viva Ambiental e a Slum, de um grande mutirão para retirada dos entulhos que tomavam conta das ruas do local. “As comunidades participaram ativamente deste processo inicial de limpeza, pois isso é fundamental para aumentar o nível de comprometimento”, explica o idealizador do projeto.

Para garantir a manutenção da limpeza, oito garis comunitários foram selecionados entre os moradores da própria comunidade e contratados pela Viva Ambiental para se juntarem aos quatro garis que já atuavam na área. “Todos receberam uma capacitação especial, pois atuam também como agentes educadores e mediadores entre os moradores e o serviço de coleta urbana”, explica Ionilton. “É um papel completamente diferente do que estamos acostumados a atribuir aos garis, que geralmente passam como profissionais invisíveis para a sociedade”, completa o líder comunitário.

Hoje, um ano depois da sua implantação, as regiões já contam com dias específicos de coleta e ações constantes de educação ambiental. “Mas nada disso garante a manutenção da limpeza e outras melhorias nessas comunidades se não tiver a participação e vontade dos moradores de promover essa mudança”, reforça Ionilton Aragão. “O resultado está lá para todo mundo ver.”

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